14 DE FEVEREIRO - ANIVERSÁRIO DAS APARIÇÕES DE PELLEVOISIN - DE NOSSA SENHORA DAS ROSAS À VIDENTE ESTELE FAGUETTE
FILME: VOZES DO CÉU 18 - APARIÇÕES DE COTIGNAC - FRANÇA E PELLEVOISIN - FRANÇA
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Pelevoisin - (França) - 1876
Nossa Senhora
de
Pellevoisin
de
Pellevoisin
A vidente
Estela Faguette nasce em 12 de
Setembro de 1839. É ela que, aos 11 anos, na aldeia onde nasceu, leva o
pendão de Nossa Senhora na procissão que festeja a proclamação do Dogma
da Imaculada conceição, proclamado por Pio X em 8 de Dezembro de 1854.
Ninguém imagina que, 22 anos depois, será ela que irá ser encarregada de
proclamar as glórias de Maria no mundo inteiro.
Quando Estela tem 14 anos, o pai,
devido aos negócios que correm mal, está na miséria. A família
desloca-se para Paris e é Estela quem tem de ajudar materialmente o pai.
Frequenta as Irmãs de S. Vicente de Paulo e a sua devoção a Maria é já
bem visível. Aos 17 anos, entra para a congregação das irmãs Agostinhas
de Hôtel-Dieu onde permanece três anos, dedicando-se aos mais
necessitados. Ao fim deste tempo, tem de deixar a vida religiosa para de
novo vir em auxílio dos pais. Vai servir para casa da família De La
Rochefoucauld. A condessa encontra nela todas as qualidades para lhe
entregar todo o tipo de responsabilidades.
Os condes, na estação quente, deixam
Paris e vão instalar-se na sua casa de verão a três quilómetros de
Pellevoisin, pequena aldeia dos arredores de Châteauroux.
Vidente Estelle Faguette aos pés de Nossa Senhora em Pellevoisin |
Casa da Vidente Estelle Faguette - local das Aparições |
Casa da Vidente Estelle Faguette - local das Aparições |
Capela de Pellevoisin |
Túmulo da Vidente Estelle Faguette |
15 aparições da Virgem a Estelle Faguette, em 1876
Primeira Aparição de Nossa Senhora à Vidente Estelle Faguette |
Primeira aparição
14 de Fevereiro de 1876: Aparição do demónio e, depois, da Virgem.
Desde há meses que Estela luta
contra um grave tuberculose, rodeada de afeição e de bons cuidados. Está
grata à condessa "a quem devo um pouco da minha resignação." Ela que
dizia tantas vezes: "Minha pobre Estela, para sofrer assim tanto tempo,
mais valia que Deus vos levasse, porque tudo leva a crer que nunca vos
haveis de curar".
O sacramento da Extrema Unção dá-lhe
uma serenidade total: "Nesse dia fiquei mais calma e disse muitas
vezes: meu Deus, vós sabeis melhor que eu o que me é preciso, fazei o
que vos agradar, apenas concedei que eu faça o meu sacrifício
generosamente".
Aparição de Satanás
Na noite de 14 de Fevereiro de 1876,
está esgotada. É perto da meia-noite. Uma personagem sinistra "de noite
à procura da caça", apresenta-se junto da cama da moribunda; quer
aproveitar-se do seu extremo cansaço.
Ela mesma conta: "De repente, o
diabo apareceu ao pé da minha cama. Ó! Como tive medo. Era horrível,
fazia-me caretas quando me apareceu a Virgem do outro lado da cama".
"Maria traz na cabeça um lenço muito branco"
Diz a Satanás:
Que fazes aqui? Não vês que Estela está revestida da minha libré (escapulário).
E tu, Estela, não tenhas medo, sabes bem que és minha filha!
A doença de Estela
Os pais de Estela vêm instalar-se em
Pellevoisin em 1866. Ficam mais perto da filha que acompanha sempre a
família de La Rochefoucauld a Poiriers-Montbel, durante a estação
quente. Ficará mais barato viver em Pellevoisin do que em Paris. Quando a
doença de Estela se agrava no Outono de 1875, a condessa atrasa o sua
ida para a cidade.
Em Fevereiro de 1876, assuntos
importantes esperam-na em Paris. Não pode demorar mais. Arranja uma casa
perto da igreja e do cemitério de Pellevoisin onde instala
confortavelmente Estela. Os pais Faguette, que moram em Pellevoisin
desde há dez anos, vêm morar com a filha; poderão assim prestar-lhe mais
facilmente os cuidados de que necessita. O seu estado físico é de tal
forma desesperado, que o conde e a condessa compram, antes de partirem
para Paris, um lugar no cemitério de Pellevoisim, para a sepultura da
sua "criada" tão apreciada.
Em 14 de Fevereiro, o Dr. Hubert
confirma as aparências: "Não tem mais que 4 a 5 horas de vida". Estela
tem pelo menos a consolação de ver os pais instalados na mesma casa que
ela, nos seus últimos momentos.
Estela Faguette não goza pois de boa
saúde. Esta fraqueza física não é estranha à sua saída da comunidade
com a idade de 20 anos. Os bons cuidados prestados pela condessa de La
Rochefoucauld e a força de vontade de Estela triunfam temporariamente:
durante onze anos, a sua dedicação é sem falha. Mas eis que em 29 de
Agosto de 1875, o Dr. Bucquoy confirma que está gravemente atingida:
sofre de "tuberculose pulmonar, de peritonite aguda e dum tumor
abdominal." As lesões do pulmão progrediram de tal forma que se tornou
contagiosa. O seu estado é tão grave que não pode mais trabalhar.
Estela tem 32 anos e não tenciona
capitular tão facilmente. Decide recorrer aos meios extremos. Escreve
directamente à Virgem. Entrega a carta à menina Reiter que vai colocá-la
no parque do castelo, entre as pedras da gruta dedicada a Nossa Senhora
de Lourdes. A resposta à carta chegará a Pellevoisin na noite de 14 par
15 de Fevereiro de 1876. Foram precisos cerca de seis meses para que a
Virgem respondesse à carta de Estela, datada de Setembro de 1875.
Texto integral da carta de Estela Faguette dirigida à Virgem Maria em Setembro de 1875:
"Ó minha boa Mãe, eis-me de novo
prostrada a vossos pés. Não podeis recusar ouvir-me. Não esquecestes
que sou vossa filha, que vos amo. Concedei-me, pois, pelo vosso divino
Filho, a saúde do corpo, para sua glória.
Olhai a dor de meus pais, sabeis
bem que não me têm senão a mim como recurso. Não poderei acabar a obra
que comecei? Se não puderdes, por causa dos meus pecados, obter-me a
cura completa, podereis ao menos obter-me um pouco de força para poder
ganhar a vida e a de meus pais. Bem vedes, minha boa Mãe, eles estão em
vésperas de ter de mendigar o pão, não posso pensar nisso sem ficar
profundamente aflita.
Recordai-vos dos sofrimentos que
suportastes, na noite do nascimento do Salvador, quando fostes obrigada
a ir de porta em porta pedindo asilo! Recordai-vos também do que
sofrestes quando Jesus foi colocado na Cruz! Tenho confiança em vós,
minha boa Mãe, se quiseres, o vosso Filho pode curar-me. Ele sabe que
desejei vivamente ser do número das suas esposas e que foi para lhe ser
agradável que sacrifiquei a minha existência pela minha família que
tanto precisa de mim.
Dignai-vos escutar as minhas
súplicas, minha boa Mãe, e transmiti-las ao vosso divino Filho. Que Ele
me devolva a saúde se for do seu agrado, mas que seja feita a sua
vontade e não a minha. Que pelo menos me conceda a resignação total aos
seus desígnios e que isso sirva à minha salvação e à de meus pais.
Possuís o meu coração, Virgem Santa, guardai-o sempre e que ele seja o
penhor do meu amor e do meu reconhecimento pela vossa maternal bondade.
Prometo-vos, minha boa Mãe, se me concederdes as graças que vos peço, de
fazer tudo quanto de mim depender para vossa glória e do vosso divino
Filho.
Tomai sob a vossa protecção a
minha querida sobrinha e colocai-a ao abrigo dos maus exemplos. Fazei, ó
Virgem Santa, que vos imite na vossa obediência e que um dia possua
convosco, Jesus, na eternidade."
Estela Faguette
A sobrinha de Estela Faguette
No final desta carta, Estela coloca sob a protecção de Maria a sua pequena sobrinha.
Estela tinha duas irmãs, uma mais velha 3 anos, Genoveva, e outra mais nova que ela, Agostinha.
Genoveva Faguette Petitot morrre em
24 de Novembro de 1864 com 24 anos, deixando dois filhos: Eugénio morre a
20 de Fevereiro de 1865, com 13 meses.
A menina, Estela Petitot, tem 5 anos quando morre a mãe Genoveva Faguette Petitot.
É nesta altura que Estela Faguette
toma a seu cargo a sobrinha que fica a morar com os pais. Estela com o
seu salário sustenta o pai, a mãe e a sobrinha, "a pequena Estela", que
habitam todos em Pellevoisin. No momento das aparições, Estela Petitot
tem 17 anos e Estela Faguette pô-la como aprendiza em Paris, por 18
meses.
Depois desta aprendizagem, a pequena Estela volta a Pellevoisin, para casa dos pais Faguette e aí ficará até aos 22 anos.
Aos 22 anos, deixa a casa e não mais
voltará. O lar Petitot, infeliz e desunido, foi para Estela Faguette
causa de muita angústia e decepção. Ela que tanto tinha sofrido pela sua
querida pequena sobrinha.
Segunda aparição
Maria anuncia três acontecimentos importantes.
O primeiro: durante cinco dias consecutivos, virei ver-te;
O segundo: sábado, morrerás ou ficarás curada;
O terceiro: se o meu Filho te conceder a vida, publicarás a minha glória.
Estela Faguette vai receber a visita de Maria quinze vezes no decorrer do ano de 1876.
As cinco primeiras aparições acontecem em cinco dias consecutivos, e segundo a própria Virgem:
Sofrerás ainda cinco dias, em honra das cinco chagas de meu Filho.
2ª aparição: 14 de Fevereiro de 1876
Maria aparece cinco vezes a meio da
noite, em 14, 15, 16, 17, 18 de Fevereiro de 1876. A presença de Satanás
que tinha sido importante no dia 14, torna-se cada vez mais discreta
nos dias seguintes, de forma que no dia 18, está totalmente ausente.
Inversamente, durante este tempo, a Virgem torna-se cada vez mais
maternal: "Aproxima-se do meio da minha cama".
Estela: "Estou ainda muito perturbada com os pecados que cometi no passado e que aos meus olhos eram faltas ligeiras."
Virgem Maria:
As poucas boas acções e algumas orações fervorosas que me dirigiste tocaram o meu coração de mãe, estou cheia de misericórdia.
Estela fica estupefacta por ver que o
pouco bem que fazemos, compensa a ingratidão das nossas faltas, por
causa da bondade de Deus e da sua Mãe Misericordiosa.
Virgem Maria:
Recebi a tua carta. Vais ficar curada.
Terceira aparição
A partir de terça-feira, 15 de
Fevereiro 1876, Estela sabe que será curada. Está tão pronta para morrer
que fica decepcionada com a notícia.
Estela: "Mas, minha boa Mãe, se pudesse escolher, gostaria de morrer enquanto estou bem preparada."
Virgem Maria:
Ingrata! Se o meu Filho te devolve a
saúde, é que tens necessidade. Se o meu Filho se deixou tocar, foi por
causa da tua grande resignação e paciência. Não lhe percas o fruto por
causa da tua escolha.
Quarta aparição: 16 de Fevereiro de 1876
Virgem Maria:
Essas poucas boas acções e algumas
orações fervorosas que me dedicaste, tocaram o meu coração de Mãe; entre
outras, essa pequena carta que me escreveste em Setembro de 1875. O que
mais me tocou, foi esta frase: vede a dor dos meus pais se viesse a
faltar-lhes. Estão em vésperas de mendigar o pão. Recordai-vos que
também sofrestes quando Jesus vosso Filho foi posto na Cruz. Mostrei
esta carta a meu Filho.
Em 14 de Fevereiro, Estela ouviu dizer-lhe:
Se o meu Filho te der a vida, quero que publiques a minha glória.
Escreve nas suas memórias: "Fiquei
surpreendida, quando respondi excitada: mas, como hei-de fazer? Não sou
grande coisa, não sei o que poderei fazer."
Quinta aparição: 17 de Fevereiro de 1876, Maria intervém:
Não tive tempo de dizer como fazer (…) Faz todos os esforços.
Sexta aparição: em 18 de Fevereiro de 1876, acrescentou:
Se quiseres servir-me, sê simples e
que as tuas acções correspondam às tuas palavras. É possível salvar-nos
em todas as condições; onde estás, podes fazer muito bem e podes
publicar a minha glória.
O que mais me aflige é a falta de
respeito que têm pelo meu Filho na Santa Comunhão, e a atitude de oração
que tomam, quando o espírito está ocupado com outras coisas. Digo isto
para as pessoas que pretendem ser piedosas. Publica a minha glória, mas
antes de falares, espera o conselho do teu confessor e director; terás
emboscadas, hão-de tratar-te de visionária, exaltada, louca, não prestes
atenção a nada disto, sê fiel, eu te ajudarei.
No fim da aparição de 18 de Fevereiro de 1876:
Estela sofria horrivelmente: o
coração batia-me com tanta força que pensava que me ia sair do peito. O
estômago e a barriga também me doíam muito. Era-me impossível levantar a
mão direita. Depois dum momento de repouso, senti-me bem. Perguntei que
horas eram: era meia-noite e meia. Sentia-me curada, excepto o braço
direito.
Sétima aparição em 1 de Julho de 1876
Maria:
Calma minha filha, paciência, terás sofrimentos mas eu estou aqui.
Oitava aparição em 2 de Julho de 1876
Maria:
Não temas nada, fica calma.
Nona aparição em 3 de Julho de 1876
Maria:
Queria que ainda ficasses mais calma.
10ª aparição em 9 de Setembro de 1876
Maria:
Ficaste privada da minha visita em
15 de Agosto. Não tinhas suficiente calma. Tens mesmo o carácter do
francês: quer saber tudo antes de aprender e compreender tudo antes de
saber.
11ª aparição em 15 de Setembro de 1876
Maria:
Vou ter em conta os esforços que
fizeste para estares calma. Não é só para ti que o peço, mas também para
a Igreja e para a França. Na Igreja não há essa calma que eu desejo.
12ª aparição em 19 de Setembro de 1876
Estela: "Tinha visto sempre aquela
pequena coisa sem saber o que era, porque até aí tinha-a visto
totalmente branca. Ao levantá-la, vi um coração vermelho que sobressaía
muito bem. Pensei imediatamente que era um escapulário do Sagrado
Coração."
Maria disse, agarrando-o:
Gosto desta devoção.
13ª aparição em 1 de Dezembro de 1876
Maria trazia mais uma vez o escapulário.
14ª aparição em 8 de Dezembro de 1876
Maria:
Tu mesma vais ter com o Prelado e
vais mostrar-lhe o modelo que fizeste. Diz-lhe que te ajude com todo o
seu poder e que nada me será mais agradável que ver esta libré em cada
um dos meus filhos. Aplicar-se-ão a reparar os ultrajes que o meu Filho
recebe no sacramento do seu amor. Vê as graças que derramarei sobre
aqueles que o trouxerem com confiança e que te ajudarão a propagá-lo.
15ª aparição em 3 de Julho de 1876.
No final do dia, Estela vê de novo a Santíssima Virgem. Esta chega muito tarde e "não fica senão alguns minutos".
Maria:
Não te fixei a hora a que viria, nem o dia. Não vou ficar senão por alguns minutos.
Maria parece chegar duma recepção importante e quer partilhar a sua alegria com Estela.
Maria:
Vim acabar a festa.
Estela: Não sabia que festa era.
Perguntei no dia seguinte ao Prior que me respondeu que era em Lourdes, a
coroação de Nossa Senhora de Lourdes.
Reconhecimento pela Igreja
Na verdade, o arcebispo de Bourges,
D. de la Tour d'Auvergne, foi o primeiro a reconhecer o escapulário, em
12 de Dezembro de 1876. De seguida, Leão XIII também o reconheceu.
Estela é recebida em audiência por
Leão XIII em 30 de Janeiro de 1900. Este papa que, entre 1 de Setembro
de 1883 e 8 de Setembro de 1901, publicou 15 encíclicas sobre o Rosário,
está bem informado sobre os acontecimentos de Pellevoisin. Aproveita
pata pedir detalhes sobre as alusões de Maria relativamente à Igreja e à
França.
Em 4 de Abril de 1900, três meses
depois da audiência de Estela, a Congregação dos ritos, a pedido do
papa, autoriza oficialmente para toda a Igreja, o escapulário do Sagrado
Coração, tal como a Virgem o trazia em Pellevoisin.
Bento XV acrescenta:
«Acredito que as origens são boas e
podemos dizer que Pellevoisin é um lugar especialmente escolhido pela
Virgem para aí derramar as suas graças (17 de Outubro de 1915).
Um exvoto
Desde a primeira aparição, em 14 de
Fevereiro de 1876, a Virgem aponta para que se deverá conservar a
memória destas aparições. Ao ver a placa de mármore branco colocada
diante dela, Estela Faguette identifica-a como sendo um exvoto, quer
dizer, um testemunho pelo favor obtido. A primeira preocupação de Estela
é saber onde colocarão esse exvoto.
Estela: Mas, minha boa Mãe, onde
deveremos colocá-lo? Será em Nossa Senhora das Vitórias em Paris ou em
Pellevoi…? Não me deu tempo de acabar Pellevoisin sem que me
respondesse:
Maria:
Em Nossa Senhora das Vitórias têm
bastantes marcas do meu poder, ao passo que em Pellevoisin não há nada.
Têm necessidade de estimulantes.
Tinha nos quatro cantos, botões de
rosa em ouro. No cimo estava um coração de ouro inflamado com uma coroa
de rosas, trespassado com uma espada.
Eis o que lá estava escrito:
Invoquei Maria do mais fundo da minha miséria.
Ela obteve de seu Filho a minha cura total.
A humilde Estela
Faguette morreu com 86 anos e repousa no cemitério de Pellevoisin, não
longe do túmulo de Georges Bernanos. No seu túmulo, duas palavras: "Sê simples".
A Santíssima
Virgem apareceu 15 vezes, em 1876, na pequena cidade de Pellevoisin,
diocese de Bourges, no Berry, centro da França. A vidente, Estelle
Faguette, foi miraculada durante as aparições. Gravemente doente,
desenganada pelos médicos, sua cura causou espanto e admiração em todo o
país.
Ocorreu então a
primeira das 15 aparições de Nossa Senhora, na noite fria de 14 a 15 de
fevereiro. Já desenganada pelo médico, Estelle esperava resignadamente a
morte. Entre orações e lembranças da vida passada, renovava a cada
instante o oferecimento a Deus de seu último sacrifício.
Na terceira aparição o
demônio ainda precedeu Nossa Senhora, mas estava ainda mais distante de
Estelle, que o viu vagamente, discernindo sobretudo seus gestos de ódio.
Uma vez curada, Estelle
lançou-se ao trabalho pela glória de Maria, tal como Ela lhe havia
pedido. Afligindo-se com suas imperfeições na execução desse santo
trabalho, Nossa Senhora apareceu-lhe uma sexta vez, durante a oração do
Rosário: Calma, minha filha. Paciência. Terás sofrimentos, mas estarei sempre aqui.
Passaram então diante
dos olhos de Estelle vários quadros nunca antes vistos: soldados em
uniforme azul, desconhecidos dela, usando capacetes “em forma de
caldeirão”, segundo sua expressão. Estavam entrincheirados. Mais tarde,
em 1914, durante a Grande Guerra, ela reconheceu aqueles soldados.
A festa da Imaculada
Conceição foi escolhida por Nossa Senhora para sua 15ª e última
aparição. Foi a mais importante de todas, tendo-se dado perante 15
pessoas. Pouco depois de meio-dia Estelle foi a seu quarto, agora
transformado em oratório, com permissão do bispo. Nossa Senhora lhe
apareceu mais bela do que anteriormente, cercada de rosas: Minha filha, lembra-te de minhas palavras.De todas as palavras de Nossa Senhora, as que mais marcaram Estelle naquele momento eram: Sabes
que és minha filha. Eu sou toda misericórdia e senhora de meu Filho. O
que mais me aflige é a falta de respeito por meu Filho na Santa
Comunhão e a atitude
de distração com outras coisas, que se tem na oração. Seu Coração tem
tanto amor pelo meu, que nada lhe recusa. Por meu intermédio Ele tocará
os corações mais empedernidos. Vim especialmente para a conversão dos
pecadores. Há muito tempo os tesouros de meu Filho estão abertos. Que
rezem. Tenho predileção por esta devoção. Aqui serei honrada. Não é
apenas para ti que peço a calma, mas para toda a Igreja e a França. Eu
te escolhi. Escolho os pequenos e fracos para minha glória. E recomendou: Repete-as sempre. Que elas [as palavras] te fortifiquem e te reconfortem na hora da provação. Não me reverás mais.
Ainda em 1876, com
licença eclesiástica, o quarto das aparições foi transformado em
oratório, e pouco depois em capela. No ano seguinte foi erigida aConfraria da Mãe de Todas as Misericórdias, elevada
à dignidade de Arquiconfraria em 1894, por Leão XIII. O mesmo Papa
ofereceu um círio a essa capela, concedendo indulgências aos peregrinos.
Em 1904, o Cardeal Merry del Val ofereceu a São Pio X um livro
recentemente publicado sobre as aparições. O Pontífice enviou sua
bênção em testemunho de sua acolhida favorável, e
também recebeu Estelle em março de 1912. Em 1922, Pio XI concedeu aos
párocos de Pellevoisin o poder de impor o escapulário do Sagrado Coração
de Jesus (nona aparição), bem como o de conceder indulgências. Em 1979,
o Cardeal Ciappi OP, mestre do Palácio Apostólico, entregou a João
Paulo II o livro sobre o centenário das aparições. Em 1983, a comissão
teológica que analisou os relatórios médicos a respeito da cura de
Estelle concluiu seus trabalhos. O arcebispo de Bourges, Dom Paul
Vignancour, com base nessas conclusões, reconheceu oficialmente o
milagre, um grande milagre.
Cinco anos depois da aparição da Virgem Maria em Pontmain, Ela tornou a ser vista na França. A escolhida foi Estrela Faguette, uma serviçal do palácio dos condes da La Rochefoucauld, situado no pequeno vilarejo de Pellevoisin. Cristã fervorosa, aos dezoito anos ouviu ingressou na Ordem das Agostinianas Hospitaleiras. Mas dois anos depois, em 1863, por motivo de doença foi obrigada a sair do convento.
Pellevoisin, a Lourdes da região do Berry
Nossa Senhora de Pellevoisin manifesta sua misericórdia incomensurável e
sua poderosa intercessão junto a Deus, pedindo a propagação de um
Escapulário do Sagrado Coração de Jesus
Nelson Ribeiro Fragelli
Imagem representando a aparição |
Estelle nasceu em 1843, de pais muito pobres. Sempre adoentada, levava
uma vida simples, de empregada doméstica. Aconselhada por seu confessor,
que era pároco da Madeleine, em Paris, passou algum tempo entre as
freiras agostinianas, servindo como enfermeira no Hôtel-Dieu, grande
hospital da capital. Podia assim, simultaneamente, cuidar dos doentes e
ser cuidada. Entretanto sua saúde, cada vez mais fraca, levou-a a
interromper o noviciado em 1863.
Sempre muito piedosa, uma religiosa apresentou-a à família La
Rochefoucauld, que a empregou no castelo de Poiriers-Montbel, a três
quilômetros de Pellevoisin. Para grande alívio de seus pais, ela passou a
receber um salário, vital para o sustento da família. Estelle conservou
grande admiração por seus patrões. Em sua doença, eles cuidaram dela “com grande dedicação”, segundo suas palavras. A bondade da condessa de La Rochefoucauld consolou-a sempre.
Enferma havia mais de 10 anos, a doença se agravou em junho de 1875. De
acordo com declarações de seus médicos — Dr. Benard e Dr. Hubert, ambos
de Buzançais –– Estelle sofria de tuberculose, peritonite aguda e de um
tumor abdominal. Em 10 de fevereiro de 1876, a morte estava próxima: ela
não teria vida por mais do que algumas horas, afirmou o Dr. Benard.
Primeira aparição
Estelle Faguette |
De repente, do lado direito de sua cama ela viu uma forma humana
horrível, ameaçadora, que agarrou seu leito e o sacudiu violentamente.
Estelle não duvidou tratar-se do próprio demônio. Mas o demônio ali
presente, no momento da morte? A visão aterrorizante parecia-lhe uma
promessa do inferno. Foi tomada de pânico, enquanto a besta humana
rugia.
Porém, nesse instante de confusão e terror, Maria Santíssima apareceu,
com beleza indescritível, toda de branco, com um longo véu caindo até os
pés. Seu olhar se dirigiu à enferma com bondade indizível. Em seguida,
fixou o demônio e disse: O que fazes aqui? Não vês que ela está vestida com o hábito que Eu e meu Filho divino lhe demos? Mencionando
o hábito, Nossa Senhora se referia à sua medalha, que Estelle sempre
usava. O demônio fugiu, não suportando o olhar de Maria.
Nossa Senhora disse então à sua filha: Não tenhas medo! Sabes que és
minha filha. Ânimo e paciência. Meu Filho vai se deixar tocar. Sofrerás
ainda cinco dias em honra das cinco chagas de meu Filho. Sábado próximo
morrerás ou serás curada. Para a cura, Nossa Senhora estabeleceu uma condição: Se meu Filho te conceder a vida, anunciarás minha glória.
Perguntando-se o que poderia significar o anúncio da glória de
Maria, Estelle viu junto a Nossa Senhora uma placa de mármore branco, na
qual estava gravado o Imaculado Coração de Maria. Vindo-lhe ao espírito
a pergunta se deveria colocar essa placa na igreja de Notre Dame des
Victoires ou em Pellevoisin, a Virgem lhe disse: Em Notre Dame des
Victoires já existem muitas marcas de meu poder. Em Pellevoisin, não. Os
fiéis daqui têm necessidade de mais ânimo. Estelle prometeu então fazer tudo pela glória de Nossa Senhora. Nesse instante cessou a visão.
Evidentemente, ela narrou tudo a seu pároco no dia seguinte. Este ouviu
pacientemente, mas dado o estado agônico de sua penitente, julgou
tratar-se de alucinação.
Segunda aparição
Na noite seguinte, 15 a 16 de fevereiro, o demônio voltou a aparecer.
Desta vez ele guardou certa distância, temeroso de aproximar-se da cama,
como se um impedimento o retivesse. Mesmo assim, a visão era
terrificante. Nossa Senhora logo apareceu, e estabeleceu-se um diálogo
com a vidente:
–– Não temas, estou aqui. Meu Filho teve piedade de ti. Serás curada sábado e anunciarás minha glória.
–– Mas, minha Mãe bondosa, já que estou bem preparada, não é melhor que eu morra?
–– Ingrata, se meu Filho te salva, é porque tens
necessidade da vida. O que de mais precioso deu Ele aos homens nesta
Terra? Ele te conservará a vida, mas não creio que te poupará de
sofrimentos. Não, sofrerás e muitas serão tuas penas. O sofrimento dá
méritos à vida. Foi tua grande resignação e paciência que tocaram o
coração de meu Filho. Não percas o fruto que escolheste.
Nesse instante Estelle viu, uma a uma, suas faltas passadas. Faltas que,
no entanto, ela considerava sem importância. Nossa Senhora desapareceu
deixando-a imersa em profunda contrição, pois compreendeu que mesmo os
pecados veniais são severamente detestados por Nossa Senhora.
Terceira aparição
Oratório onde Estelle deixou a carta para Nossa Senhora |
Com a recordação muito viva dos pecados vistos na noite anterior,
Estelle foi tomada de temor em presença da Imaculada, que no entanto a
tranqüilizou: Ânimo, minha filha, tudo isso passou, tua resignação resgatou tuas faltas passadas. Maria
lhe fez ver seus atos de virtude e falou-lhe dos grandes desejos que
lhe vão no coração: a santificação dos bons; a conversão dos pecadores; a
prática da bondade e da amenidade de uns com os outros. E acrescentou: Sou
toda misericordiosa, obtendo tudo de meu Filho. Tuas boas ações e
fervorosas orações tocaram meu Coração materno. Na pequena carta que me
escreveste em setembro, sobretudo esta frase tocou-me particularmente:
‘Vede a situação de meus pais, caso eu venha a morrer. Eles teriam que
pedir esmolas. Lembrai-vos de vossos sofrimentos quando vistes Jesus,
vosso Filho, cravado na cruz’. Mostrei essa carta a meu Filho. Teus pais
necessitam de ti. De agora em diante, trata de ser fiel. Não percas as
graças que te são dadas, e anuncia minha glória.
Quarta aparição
Uma quarta vez apareceu-lhe Maria, entre 17 e 18 de fevereiro, repetindo
o que anteriormente lhe dissera. Nossa Senhora parecia querer deixar
bem claro a recomendação deanunciar sua glória, e para isso torna a dizer-lhe: Faze todo esforço.
Quinta aparição
Na sexta-feira, 18 de fevereiro, o estado de saúde de Estelle tinha se
agravado muito. Pe. Salmon, seu confessor, julgando-a no extremo da
vida, dispõe-se a ouvir sua confissão. A enferma se recusou, dizendo que
só se confessará depois de sua cura, que ela espera para o dia
seguinte. O Padre se retirou, certo de que seria chamado durante a
madrugada para assistir a moribunda. Tal não aconteceu.
Às seis horas da manhã o Pe. Salmon foi ver Estelle. Encontrou-a ainda
no leito, e, para sua surpresa, viva. Celebrou a Missa em seu quarto, na
presença de outras pessoas. Terminada a Missa, perguntou a Estelle como
se sentia. Ela fez o sinal da Cruz, com o braço direito inteiramente
cicatrizado, levantou-se e vestiu-se sozinha, radiante de saúde. Toda a
cidade de Pellevoisin foi vê-la. Os médicos que a julgaram condenada
atestaram sua cura total e completa. O atestado do Dr. Bucquoy, da
Academia de Medicina de Paris, foi decisivo para a comissão que em 1877
examinou o caso. E a cura não foi passageira, Estelle viveu em boa saúde
até a idade de 86 anos.
Mas o que se dera durante a noite? Nossa Senhora aparecera mais uma vez,
postando-se bem mais próximo do leito de Estelle. A placa de mármore
também fez parte desta visão, mas agora com uma inscrição: Invoquei Maria no auge de minha miséria, e Ela obteve de seu Filho minha cura total. Seguia-se a assinatura: Estelle F. Um
coração traspassado por um gládio e cercado de rosas aparecia na parte
superior. Estelle prometeu a Maria lutar sempre por sua glória. Nossa
Senhora lhe recomendou: Se queres servir-me, sê simples; e que teus atos correspondam às tuas palavras”.
Estelle perguntou-lhe se deveria tornar-se religiosa, e a Virgem respondeu: Pode-se
salvar em todas as condições. Podes fazer muito bem e anunciar minha
glória tal como és. O que me aflige é a falta de respeito por meu Filho
na Santa Eucaristia e a atitude de distração com outras coisas, que se
toma na oração. Digo isto para as pessoas que pretendem ser piedosas. Estelle perguntou se deveria transmitir aos outros o que acabava de ouvir, e Maria respondeu: Sim,
sim, anuncia minha glória, mas antes de falar, espera conselho de teu
confessor e diretor espiritual. Sofrerás ciladas, tratar-te-ão de
visionária, de exaltada, de louca. Eu te ajudarei.
Pedido de conversão
Escapulário recomendado por Nossa Senhora |
Na festa da Visitação da Santíssima Virgem, 2 de julho, Nossa Senhora
lhe apareceu pela sétima vez, às 23:30h. A Mãe de Deus estava cercada de
rosas de todas as cores, particularmente brancas, vermelhas e amarelas.
Foram três curtas aparições, parecendo simbolizar os três terços do
Rosário. Tens anunciado minha glória. Continua. Meu Filho tem almas
prediletas. Seu Coração tem tanto amor pelo meu, que nada lhe recusa.
Por meu intermédio Ele tocará os corações mais empedernidos.
Estelle queria ainda pedir um sinal do poder da Santíssima Virgem, mas
não conseguia exprimir-se adequadamente. Nossa Senhora, lendo-lhe o
pensamento, disse: Tua cura não é uma das maiores provas de meu poder? E acrescentou: Vim para a conversão dos pecadores.
A necessária paz de alma
No dia seguinte Nossa Senhora apareceu mais uma vez, cercada de rosas.
Estelle a esperava com certa agitação, e Nossa Senhora a repreendeu
docemente: Gostaria que fosses mais calma. Eu não tinha marcado dia
nem hora em que voltaria. Necessitas de repouso. Ficarei apenas alguns
minutos.
A nona aparição deu-se em 9 de setembro. Nossa Senhora insistiu ainda sobre a calma e a tranqüilidade de alma. “Foste
privada de minha presença em 15 de agosto, porque não tinhas suficiente
calma. Tens bem o caráter francês, que deseja saber tudo em lugar de
aprender, e compreender tudo antes de saber. Ainda ontem eu quis vir,
mas tiveste que ficar sem minha presença. Esperava de ti este ato de
submissão e de obediência. Há muito tempo os tesouros de meu Filho estão
abertos”.
Nesse instante Nossa Senhora lhe deu o escapulário do Sagrado Coração de Jesus, tirando-o de seu peito: Tenho predileção por esta devoção, e nela serei honrada. Nossa Senhora, apóstola da devoção ao Sagrado Coração de Jesus, trazia consigo esse escapulário, e nos recomendou o coração que tanto amou os homens. A
Virgem Santíssima portava também esse escapulário quando apareceu pela
décima vez, e não o deixará mais. Eram três horas da tarde, soaram as
Vésperas, e Ela disse antes de desaparecer: Que todos rezem.
A décima primeira aparição se deu em presença de 15 pessoas. Era uma
sexta-feira, 15 de setembro. Nossa Senhora apareceu com as mãos juntas,
em oração. Sei que fizeste grande esforço para conservar-te calma.
Não é apenas para ti que peço a calma, mas para toda a Igreja e a
França. A Igreja não goza dessa paz que eu desejo. Após profundo suspiro, acrescentou: Que
todos rezem e tenham confiança em mim. França — o que não fiz por ela?
Quantas advertências! E assim mesmo ela recusa ouvir. Não posso mais
conter meu Filho. E terminou acentuando especialmente estas palavras: A França sofrerá.
Futuros sofrimentos
Santuário em Pellevoisin |
Num segundo quadro, ela via combates de rua entre civis e soldados. Maria lhe disse então: Coragem e confiança. Tanto pior para os que não acreditarem. Eles reconhecerão mais tarde a veracidade de minhas palavras.
Na aparição de 1º de novembro de 1876 (décima segunda), não houve
palavras. Maria manifestou apenas terna bondade em relação à vidente. A
seguinte aparição (décima terceira) se deu em presença de uma religiosa,
enquanto Estelle rezava o terço: Eu te escolhi. Escolho os pequenos e fracos para minha glória. Coragem: o tempo das provas vai começar. Dito isto, a Virgem cruzou os braços sobre o peito e desapareceu.
Na décima quarta aparição, Nossa Senhora lhe falou no sábado, 11 de
novembro de 1876, por volta das 4 horas da tarde, em presença de cinco
pessoas, quanto ela rezava seu Rosário. Nossa Senhora lhe disse: Não perdeste teu tempo hoje; trabalhaste por mim. De fato, Estelle tinha bordado um escapulário, e a Virgem acrescentou: É preciso fazer muitos outros.
Difusão do escapulário
Imagem e círio vocativo |
A vidente mostrou-se perturbada por estas últimas palavras. Nossa Senhora acrescentou então de modo profundamente materno: Estarei invisivelmente a teu lado. Estelle
viu então ao longe, à esquerda da visão, pessoas com gestos
ameaçadores. Mas também, em outro plano, pessoas que pareciam boas.
Maria, referindo-se ao grupo da esquerda, disse: Não os temas. Eu te escolhi para dar-me glória e propagar esta devoção. Estelle, vendo que Nossa Senhora segurava o escapulário, pediu-o como presente, e a Virgem ordenou: Levanta-te e oscula-o. Tendo feito o que a Virgem lhe disse, exclamou: Osculei verdadeiramente um coração de carne, senti o calor e as pulsações.
Nossa Senhora lhe disse então para apresentar ao bispo aquele modelo de
escapulário, e exprimiu o desejo de que todos o portem, a fim de reparar
os ultrajes sofridos pelo Santíssimo Sacramento. Em sinal das graças
dadas aos que o portam, Nossa Senhora fez cair de suas mãos uma chuva
abundante: Essas graças são de meu Filho. Colho-as em seu Coração. Ele não pode me recusar.
Estelle perguntou o que conviria representar do outro lado do escapulário, e ouviu esta resposta singular: Quero que tu decidas. Submeterás tua idéia, e a Igreja decidirá. E afastando-se, acrescentou: Coragem. Se ele não conceder o que pedes (Nossa Senhora se referia ao bispo) e puser dificuldades, irás além. Nada temas, eu te ajudarei.
Com estas palavras, Nossa Senhora encerrou as aparições.
Reconhecimento da Igreja
Papa Leão XIII |
14 de Fevereiro
Cinco anos depois da aparição da Virgem Maria em Pontmain, Ela tornou a ser vista na França. A escolhida foi Estrela Faguette, uma serviçal do palácio dos condes da La Rochefoucauld, situado no pequeno vilarejo de Pellevoisin. Cristã fervorosa, aos dezoito anos ouviu ingressou na Ordem das Agostinianas Hospitaleiras. Mas dois anos depois, em 1863, por motivo de doença foi obrigada a sair do convento.
No ano seguinte, foi contratada para trabalhar no palácio e a cuidar da
educação de crianças. No início de 1876, Estrela, então com trinta e
três anos, agonizava no leito vitíma de tuberculose pulmonar e óssea.
Na noite de 14 de fevereiro, sentindo a morte se aproximar, implorou à
Deus forças para aceitá-la, pois deixaria seus pais e um primo sem
proteção. Como em uma alucinação viu uma criatura horrível no pé de sua
cama. Não teve tempo de se aterrorizar, porque no mesmo instante, a
Virgem Maria lhe apareceu com uma grinalda de rosas e um escapulário no
peito. A criatura era o próprio anjo caído que sumiu ante a presença da
Mãe de Deus.
Nossa Senhora lhe disse para ter coragem e paciência, pois seu filho
Jesus estava cuidando especialmente dela. Antecipou à Estrela que
sofreria por mais cinco dias, em honra das cinco feridas de seu amado
Filho. Passado o tempo previsto, Estrela foi totalmente curada. Foram
quinze aparições, como os Mistérios do Rosário, de 14 de fevereiro até
08 de dezembro, dia de celebração da Imaculada Conceição de Maria.
Deixou várias mensagens:
'Eu sou toda misericórdia e senhora de meu Filho';
'O coração do meu Filho me ama tanto que não pode refutar nenhum dos meus pedidos';
'Os tesouros de meu Filho estão abertos à todos';
'Eu recomendo a paz, não apenas para você, mas para a Igreja e para a França';
'Vim para a conversão dos pecadores';
'Escolhi os pequenos e os fracos'...
Na última aparição, permitiu que Estrela se aproximasse para beijar o
escapulário que trazia no peito e lhe assegurou com estas palavras: 'Tu
não me verás mais, mas estarei invisível sempre perto de ti'. Em
seguida, lhe confiou a missão de ir até o Papa Leão XIII e conseguir sua
ajuda para difundir a devoção do escapulário do Sagrado Coração de
Jesus, semelhante àquele que beijara.
Somente em 1900, a vidente Estrela Faguette foi convocada para uma
audiência com o Papa Leão XIII, que autorizou o culto ao escapulário.
A mensagem de Nossa Senhora de Pellevoisin foi toda centrada na mediação
misericordiosa de Maria, enquanto se revelou toda Mãe e Misericórdia
para nós míseros pecadores.
O lugar das aparições em Pellevoisin é hoje a capela do convento das
Irmãs Dominicanas, meta de peregrinação dos cristãos e devotos marianos
do mundo todo.
PARTICIPEM DOS CENÁCULOS DE ORAÇÕES E DO MOMENTO SUBLIME DA APARIÇÃO, INFORMAÇÕES PELO
TEL DO SANTUÁRIO : (0XX12) 9701-2427
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Desde
o dia 7 de fevereiro de 1991, há 22 anos, Nosso Senhor Jesus Cristo,
Maria Santíssima, São José, o Divino Espírito Santo, os Anjos e os
Santos, vem aparecendo diariamente em Jacareí, São Paulo, Brasil, às
18:30hs (hora de Brasília). Ela se apresenta como Rainha e Mensageira da
Paz e faz um último apelo à conversão, através de um jovem: Marcos
Tadeu, que no início das Aparições tinha 13 anos apenas. São as mais
intensas Aparições da história de nosso país, e Maria Santíssima diz que
são as últimas Aparições para a Humanidade. A Mãe de Deus pediu que
fosse feita todos os dias, às oito horas da noite, a Santa Hora da Paz a
fim de que as famílias se convertam e o mundo tenha Paz. Ela prometeu a
Sua proteção às famílias que a fizerem todos os dias. Nossa Senhora diz
que as Aparições de Jacareí e a de Medjugorje (ex-Iugoslavia) são a
continuação e a CONCLUSÃO de Fátima.