6 de outubro -
6 de outubro - Dia de São Bruno
Fundou a Ordem dos monges Cartuxos
Em
meados do primeiro milênio depois de Cristo, Hugo, o bispo da diocese
francesa de Grenoble, sonhou certa vez com sete estrelas que brilhavam
sobre um lugar escuro, muito deserto. Achou estranho.
Algum
tempo depois, foi procurado por sete nobres e ricos, que queriam
converter-se à vida religiosa e buscavam sua orientação, por causa da
santidade e do prestígio do bispo.
Hugo,
reconhecendo na situação o sonho que tivera, ouviu-os com atenção e
ofereceu-lhes fazer sua obra num lugar de difícil acesso, solitário,
árido e inóspito. Assim, tiveram todo o seu apoio episcopal.
Esses homens buscavam apenas o total silêncio e solidão para orar e meditar.
Tudo
o que desejavam, ou seja, queriam atingir a elevação espiritual,
cortando definitivamente as relações com as coisas mundanas.
Bruno era um nobre e rico fidalgo alemão, que nasceu e cresceu na bela cidade de Colônia.
Sua
família era conhecida pela piedade e fervorosa devoção cristã. Cedo
aquele jovem elegante resolveu abandonar a vida de vaidades e prazeres,
que considerava inútil, sem sentido e improdutiva.
Como
era propício à nobreza, foi estudar na França e Itália. No primeiro
país concluiu os estudos na escola da diocese de Reims, onde também se
ordenou e posteriormente lecionou teologia. Como aluno, teve até mesmo
um futuro papa.
Mas também conhecia a fama de santidade do bispo de Grenoble, por isso decidiu procurá-lo.
Assim,
no lugar indicado por ele, Bruno liderou a construção da primeira Casa
de Oração, com pequenas celas ao redor. Nascia a Ordem dos monges
Cartuxos, cujas Regras foram aprovadas em 1176, mas ele já havia
morrido.
Lá,
ele e seus discípulos se obrigaram ao silêncio permanente e absoluto.
Oravam, trabalhavam, repousavam e comiam, mas no mais absoluto e total
silêncio.
Em 1090, o sumo pontífice era seu ex-aluno, que, tomando o nome de papa Urbano II, chamou Bruno para ser seu conselheiro.
Ele, devendo obediência, abandonou aquele lugar ermo que amava profundamente.
Porém não resistiu muito em Roma.
Logo
obteve aprovação do papa para construir seu mosteiro de Grenoble e
também a autorização para fundar outra Casa da Ordem dos Cartuxos, na
Calábria, num local ermo chamado bosque de La Torre, hoje chamado Serra
de São Bruno, província de Vito Valentia.
Viveu assim recolhido até que adoeceu gravemente. Chamou, então, os irmãos e fez uma confissão pública da sua vida e reiterou a profissão da sua fé, entregando o espírito a Deus em 6 de outubro de 1101.
Na
ocasião, o seu corpo, enterrado no cemitério no Convento de La Torre,
foi exumado e encontrado completamente intacto, tendo, assim, sua
celebração confirmada.
Seguindo
o carisma de seu fundador, a Ordem dos Cartuxos é uma das mais austeras
da Igreja Católica e seguiu assim ao longo dos tempos, como ele mesmo
previu:
"Nunca será reformada, porque nunca será deformada".
Entretanto, atualmente, conta apenas com dezenove mosteiros espalhados pelo mundo todo.
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