sábado, 6 de outubro de 2012

5 de outubro - Dia de Santa Maria Faustina Kowalski

JACAREÍ, 15 DE ABRIL DE 2012
CENÁCULO DA FESTA DA DIVINA MISERICÓRDIA 
MENSAGEM DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E DE SANTA FAUSTINA KOWALSKA COMUNICADAS AO VIDENTE MARCOS TADEU TEIXEIRA 
CAPELA DO SANTUÁRIO DAS APARIÇÕES DE JACAREÍ – SP – BRASIL

MENSAGEM DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

“-Meus amados filhos, hoje, na FESTA DA MINHA DIVINA MISERICÓRDIA o MEU SAGRADO CORAÇÃO vem abençoar-vos e dar-vos a Paz!
O OCEANO DA MINHA MISERICÓRDIA é tão grande que uma alma nem que tivesse mil vidas poderia conhecer toda a extensão do OCEANO DESTA MISERICÓRDIA. Nem mesmo poderia compreender e muito menos receber em si toda a extensão da Minha MISERICÓRDIA, que excede os Céus e a Terra e coloca em êxtase todos os bilhões de Anjos e todos os milhões de Santos que tenho no Paraíso.
Sim! Nenhuma alma jamais poderá compreender nem a profundidade, nem a extensão, nem a largueza do OCEANO DA MINHA MISERICÓRDIA. E este OCEANO DA MINHA MISERICÓRDIA quero derramar sobre todos vós, fazendo com que vossas almas enfeadas pelo pecado, entenebrecidas pelos vossos pecados readquiram aquela formosura, aquela beleza e aquela graça de quando EU vos criei, de quando vos tornastes filhos do Senhor. Para que assim, a vossa alma refuja na luz do Meu amor e dê a este mundo entenebrecido pelas trevas do pecado e do mal também o sinal luminoso: do Meu Amor, da Minha presença no meio de vós e da Minha Misericórdia.
O OCEANO DA MINHA MISERICÓRDIA é tão grande, que uma alma numa existência jamais poderia conter esse oceano em si, com ondas encapeladas esta MISERICÓRDIA jorra para vós e desce até vós. Banhai-vos neste Mar Meus filhos, da Minha Misericórdia! Deixai-vos verdadeiramente absorver nas águas da MINHA MISERICÓRDIA e vós também absorvei estas águas em vós tanto quanto vos for possível aceitando com o coração aberto, amoroso e generoso: a Minha Vontade Santa, renunciando a vossa vontade pessoal e deixando verdadeiramente com que a graça divina triunfe em vós, atue em vós, transforme a vossa vida de acordo com a Minha vontade até vos tornardes aquilo mesmo que EU desejo de vós.
O OCEANO DA MINHA MISERICÓRDIA é um Mar tão grande, que as vossas mentes ainda que fossem semelhantes ao mais elevado Serafim não poderia jamais avaliar a Sua grandeza, a Sua extensão, a Sua doçura, nem a Sua formosura.
Bem aventuradas as almas que como a Minha filhinha FAUSTINA KOWALSKA e que como tantos Santos Meus abrem os seus corações para o Meu SAGRADO CORAÇÃO derramar neles o OCEANO DA SUA MISERICÓRDIA.

Sim! A alma que Me pedir, a alma que Me suplicar que EU derrame sobre ela O OCEANO DA MINHA MISERICÓRDIA, EU derramarei, ainda que seja pecadora, mas se tiver no seu coração o verdadeiro desejo de sair dos seus pecados, o verdadeiro desejo de ser santa, de Me agradar e de Me amar... A essa alma não negarei o Mar da Minha Misericórdia, mas antes como um Mar que sobe e invade a Terra, EU a invadirei com as águas da MINHA MISERICÓRDIA, inundando-a e submergindo-a no Mar copioso da MINHA MISERICÓRDIA.
Meus filhos, vós que Me seguis, que seguis as Mensagens da Minha Mãe Aqui Nestas Santas APARIÇÕES DE JACAREÍ, sois o alvo da MINHA MISERICÓRDIA, sois os bem amados da Minha Misericórdia, sois os bem queridos da minha Misericórdia. E a vós não Me canso de favorecer, não Me canso de abençoar e de conceder-vos as graças do O OCEANO DA MINHA MISERICÓRDIA.
Não desperdiceis tantas graças deste Oceano, que diariamente faço correr para vós! Aproveitai essas graças renunciando ao mal e a vós mesmos, abrindo-vos sempre mais para o cumprimento da Minha Vontade, de modo que a vossa língua entoe os louvores da MINHA MISERICÓRDIA, entoe as grandezas da MINHA MISERICÓRDIA e a vossa alma mesma se torne o reflexo da MINHA MISERICÓRDIA, da Minha piedade, do Meu Amor para este mundo sem amor, sem justiça para os bons e inocentes e sem a caridade.
EU, o vosso DEUS vos amo! Dei a Minha vida por vós na Cruz, derramei todo o Meu Sangue até a última gota por vós, para vos mostrar quão grande é a MINHA MISERICÓRDIA e o desejo que tenho de salvar-vos.

Persigo os pecadores com o Meu Amor, persigo-vos todos os dias com a Minha Misericórdia. Mas se vós vos endurecerdes e obstinardes na vossa vontade má e corrompida começarei a cansar-Me, Me zangarei convosco e por fim vos abandonarei dando-vos o mal, o veneno, dando-vos aquilo que vós quereis, permitindo para vós aquilo que vós quereis e que matará a vossa alma.
Por isso peço-vos Meus filhos, apelo para vós:

CONVERTEI-VOS! FUGI DO MAL! FUGI DO PECADO! FUGI DE TUDO AQUILO QUE MAGOA O MEU CORAÇÃO E FECHA O PARA VÓS AS PORTAS DA MINHA INESGOTÁVEL MISERICÓRDIA.
AQUI EU VOS DEI A PONTE DA MISERICÓRDIA, QUE É A MINHA MÃE, QUE É O MEU PAI SÃO JOSÉ.
OS DOIS SÃO ESTA PONTE DE PIEDADE, QUE VOS CONDUZIRÁ PARA MIM, QUE VOS FARÁ ATRAVESSAR O RIO CAUDALOSO, O RIO TORMENTOSO DESTE MUNDO, DESTA VIDA, COM SEUS PECADOS, ILUSÕES, TENTAÇÕES E CILADAS. E VOS CONDUZIRÁ EM SEGURANÇA ATÉ MIM ONDE EU VOS CUMULAREI COM AS GRAÇAS SEM FIM DA MINHA MISERICÓRDIA.

VÓS QUE ESTAIS NESTA ESCOLA DE SANTIDADE DA MINHA MÃE SANTÍSSIMA, QUE SÃO AS NOSSAS APARIÇÕES AQUI, VÓS SOIS OS ALUNOS DA MINHA MISERICÓRDIA. SEDE ESTES BONS ALUNOS CRESCENDO CADA DIA MAIS NA SANTIDADE, CRESCENDO CADA DIA MAIS NO VERDADEIRO AMOR, CRESCENDO CADA DIA MAIS NO CUMPRIMENTO DO PLANO DO NOSSO PAI ETERNO QUE DESEJA QUE VÓS TODOS SEJAIS SANTOS E IMACULADOS NA SUA PRESENÇA.
O MEU CORAÇÃO TRIUNFARÁ NESTE LUGAR, A MINHA MISERICÓRDIA REPOUSA NESTE LUGAR! AQUI É O TRONO DA MINHA MISERICÓRDIA, PORQUE AQUI AS MENSAGENS QUE EU DEI À MINHA FILHINHA SANTA FAUSTINA SÃO: ACREDITADAS, DIVULGADAS, SEGUIDAS E OBEDECIDAS COM AMOR PELO MEU FILHINHO MARCOS E POR TANTOS DOS MEUS FILHOS QUE VERDADEIRAMENTE GLORIFICAM A MINHA MISERICÓRDIA COM A PALAVRA E COM A VIDA.
A todos vós neste momento, abençoo generosamente, com as Graças inesgotáveis do MEU CORAÇÃO MISERICORDIOSO.”
MENSAGEM DE SANTA FAUSTINA KOWALSKA
“-Amados irmãos Meus! Eu, FAUSTINA, Serva do SENHOR e de MARIA SANTÍSSIMA Me alegro por estar novamente Aqui hoje convosco!
Sede os Apóstolos da Divina Misericórdia, vivendo todos os dias para tornar a MISERICÓRDIA DE DEUS mais conhecida, mais amada, mais glorificada. Dedicai a vossa vida a glorificar mais este atributo do Senhor, que é tão grande, tão belo, mas por tantos, especialmente pelos mais pecadores é tão desconhecido. Pela palavra, pelo exemplo e pela vida, tornai a MISERICÓRDIA DE DEUS conhecida e amada. E assim dai ao mundo inteiro a MISERICÓRDIA DO SENHOR, que curará todas as feridas espirituais e até as temporais desta humanidade que sofre e que geme debaixo do jugo que ela mesma atou sobre si, o jugo do pecado, o jugo da rebelião contra Deus e Sua Lei de Amor, que abriu chagas dolorosas e profundíssimas: nas almas, nas famílias, na sociedade e nas Nações.
Somente quando a MISERICÓRDIA DIVINA for verdadeiramente e profundamente, largamente e sobejamente conhecida de todas as almas, é que estas chagas serão fechadas e curadas e o mundo enfim poderá ter paz constante e felicidade completa.
Sede os Apóstolos da Divina Misericórdia do Senhor, dando a conhecer a todas as almas que puderdes: AS MENSAGENS QUE O SENHOR e a Sua Mãe Me deram, o TERÇO DA MISERICÓRDIA, a IMAGEM DE JESUS MISERICORDIOSO, a FESTA DA MISERICÓRDIA e todas as demais formas da DEVOÇÃO À MISERICÓRDIA DE DEUS, que o Senhor Me pediu. Meio poderoso para isso é divulgar com largueza o VÍDEO que o Marcos fez da MISERICÓRDIA DIVINA NA MINHA ALMA e também os TERÇOS DA MISERICÓRDIA MEDITADOS, por meio dos quais as almas conhecem as maravilhas do amor de Jesus e como flores ao Sol da Primavera elas se abrem à luz radiante do CORAÇÃO MISERICORDIOSO DE JESUS. Fazendo isso vós dais a Jesus a maior glória, vós dais a Jesus a maior consolação, porque vós aproximais os pecadores do DIVINO CORAÇÃO DELE, e assim a MISERICÓRDIA DIVINA pode derramar-se sempre mais sobre aqueles que mais Dela necessitam.
Se vós seguis por esse caminho levando a MISERICÓRDIA DIVINA ao conhecimento de todos, vós mesmos sereis um dia coroados por essa DIVINA MISERICÓRDIA no Céu e recebereis o prêmio que o Senhor prepara para todos os verdadeiros apóstolos e discípulos da Sua MISERICÓRDIA.

Quando divulgais a DIVINA MISERICÓRDIA DO SENHOR no modo como expliquei, estou muito próxima de vós, estou muito junto de vós e vós dais a Mim, FAUSTINA, uma grande alegria e grande consolação por ver enfim divulgadas todas as coisas que Nosso Senhor havia Me pedido e que Eu impedida e obstaculizada pelos homens não pude divulgar, não pude tornar conhecidas e amadas pelas almas. Assim, fazeis Meu coração rejubilar em Deus e Eu de Minha parte ponho-Me a suplicar e a interceder por vós diante do Senhor Misericordioso para alcançar Dele para vós as graças eficazes do OCEANO DA SUA MISERICÓRDIA e para alcançar para vós o auxílio para a vossa santificação do Seu Coração Adorável. E Jesus que muito Me ama sempre Me concede de bom grado, todas as inesgotáveis Graças da SUA MISERICÓRDIA que Eu Lhe peço para vós.
MEUS AMADOS IRMÃOS, O TEMPO É CURTO, O TEMPO DA CONVERSÃO E DA MISERICÓRDIA ESTÁ ACABANDO E EM BREVE NOSSO SENHOR TRARÁ O GRANDE DIA DA JUSTIÇA.
APRESSAI A VOSSA CONVERSÃO, PORQUE ESTAS APARIÇÕES DE JACAREÍ SÃO A ÚLTIMA OBRA DA MISERICÓRDIA DE DEUS NA TERRA E QUEM A DESPREZAR DESPREZARÁ A ÚLTIMA TÁBUA DE SALVAÇÃO QUE O SENHOR LANÇA À HUMANIDADE, PARA QUE SE AGARRE A ELA E ESCAPE DO NAUFRÁGIO GERAL NA APOSTASIA, NO PECADO E NO DOMÍNIO DE SATANÁS.
AGARRAI NESTA TÁBUA DE SALVAÇÃO MEU IRMÃOS! AGARRAI-VOS A ESTAS APARIÇÕES E MENSAGENS PARA QUE A CHAMA DA FÉ JAMAIS SE APAGUE EM VÓS, MAS ANTES CRESÇA E SE TORNE UM GRANDE INCÊNDIO DE AMOR MÍSTICO. AGARRAI-VOS A ESSA TÁBUA DE SALVAÇÃO QUE A MÃE DE DEUS COM TANTO AMOR LANÇOU PARA VÓS, PARA VOS SALVAR DESTE MAR TRAIÇOEIRO E TORMENTOSO DOS TEMPOS MAUS EM QUE VÓS VIVEIS.
Eu, FAUSTINA, Me alegro muito e rogo por todos os bons alunos da MISERICÓRDIA DIVINA, que se tornaram peregrinos deste SANTUÁRIO DAS APARIÇÕES e que Aqui aprendem, conhecem e amam tudo sobre a MISERICÓRDIA DO SENHOR. Sobre todos vós que sois os apóstolos da Divina Misericórdia desses últimos tempos e que continuais a Obra que o Senhor começou Comigo derramo agora as mais copiosas bênçãos, sobretudo, sobre ti Marcos, o Meu mais querido irmão, amigo, defensor e propagador da DIVINA MISERICÓRDIA DO SENHOR, o APÓSTOLO DOS ÚLTIMOS TEMPOS DA DIVINA MISERICÓRDIA, que é mais querido do Meu coração e do CORAÇÃO DE JESUS MISERICORDIOSO.”
(Grande Pausa)

MARCOS: “- Até breve Senhor!”
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Santa Maria Faustina Kowalski -1905-1938
SANTA FAUSTINA A VIDENTE DE JESUS MISERICORDIOSO

FILME AS APARIÇÕES DE JESUS MISERICORDIOSO A SANTA FAUSTINA
Edição e narração do vidente Marcos Tadeu Teixeira
Santuário das Aparições de Jacareí-SP-Brasil





Não podemos dizer que exista alguma novidade numa irmã que fale sobre a Misericórdia Divina e do nosso dever de ser misericordioso. Assim como sabemos que, sob a insígnia da Misericórdia, nasceram muitas comunidades e instituições cristãs, ao longo de todos os tempos. O diferencial de santa Faustina foi ter dado vida, sob essa insígnia, a um grande movimento espiritual, justamente quando a humanidade mais carecia de misericórdia: entre as duas guerras mundiais.

Nascida na aldeia Glogowiec, na Polônia central, no dia 25 de agosto de 1905, em uma numerosa família camponesa de sólida formação cristã, foi batizada com o nome de Helena, terceira dos dez filhos de Mariana e Estanislau Kowalski. Desde a infância, sentiu a aspiração à vida consagrada, mas teve de esperar diversos anos antes de poder seguir a sua vocação. Mas desde aquela época só fez percorrer a via da santidade. 

Aos dezesseis, anos deixou a casa paterna e começou a trabalhar como doméstica, na cidade de Varsóvia, da Polônia independente. Lá, maturou na oração a sua verdadeira vocação de religiosa. Assim, em 1925, ingressou na Congregação das Irmãs da Bem-Aventurada Virgem Maria da Misericórdia, adotando o nome de Maria Faustina. O carisma desse Instituto está voltado para a educação das jovens e para a assistência das mulheres necessitadas de renovação espiritual. Após concluir o noviciado e emitir os votos perpétuos, percorreu diversas casas, exercendo as mais diversas funções, como cozinheira, jardineira e porteira. Teve uma vida espiritual muito rica de generosidade, de amor e de carismas, que escondeu na humildade do seu cotidiano. 

Irmã Faustina, como era chamada, ofereceu-se a Deus pelos pecadores, sobretudo por aqueles que tinham perdido a esperança na Misericórdia Divina. Nutriu uma fervorosa devoção à eucaristia e à Virgem Maria, e amou intensamente a Igreja. Com freqüência, era acometida por visões e revelações, até que seu confessor e diretor espiritual lhe sugeriu anotar tudo. Assim, em 1934 ela começou a escrever um diário, intitulado "A Divina Misericórdia em minh'alma", mais tarde traduzido e publicado em vários países. 

Em seu diário, irmã Faustina escreveu que à perfeição chegamos através da união íntima da alma com Deus, e não por meio de graças, revelações ou êxtases. Ela se manteve sempre tão humilde que não acreditava, na sua própria experiência mística, um sinal de santidade. Expressou todo o seu amor ao Senhor por meio de uma fórmula muito simples, que fez questão de propagar entre os fiéis: "Jesus, confio em vós". 

Consumida pela tuberculose, ela morreu no dia 5 de outubro de 1938, com apenas trinta e três anos de idade, na cidade de Cracóvia, Polônia. Beatificada em 1993, foi proclamada santa Maria Faustina Kowalski pelo papa João Paulo II em 2000. As suas relíquias são veneradas no Santuário da Divina Misericórdia, de Cracóvia.
Glogowiec, lugar de nascimento de Irmã Faustina
Irmã Faustina com seus familiares

A Irmã Faustina Kowalski, apóstola da Misericórdia de Deus conhecida em todo o mundo, é considerada pelos teólogos como uma pessoa que faz parte de um grupo de notáveis místicos da Igreja. 


Nasceu no dia 25 de agosto de 1905, como a terceira dos dez filhos numa pobre mas piedosa família de aldeões, em Glogowiec (Polônia). 

No batismo, que se realizou na igreja paroquial de Swinice Warskie, recebeu o nome de Helena. Desde a infância distinguiu-se pela piedade, pelo amor à oração, pela diligência e obediência, e ainda por uma grande sensibilidade à miséria humana. 


Apesar de ter frequentado a escola por menos de três anos, no DIÁRIO por ela deixado, numa linguagem extremamente transparente, descreveu exatamente o que queria dizer, sem ambiguidades, com muita simplicidade e precisão.

Nesse DIÁRIO, escreve ela a respeito das vivências da sua infância: “... eu senti a graça à vida religiosa desde os sete anos. Aos sete anos de vida ouvi pela primeira vez a voz de Deus em minha alma, ou seja, o convite à vida religiosa, mas nem sempre fui obediente à voz da graça. Não me encontrei com ninguém que me pudesse esclarecer essas coisas”.

Aos dezesseis anos de idade, deixou a casa paterna para ir trabalhar como empregada doméstica em Aleksandrów, perto de Lodz, a fim de angariar meios para a subsistência própria e ajudar 
os pais. Nesse tempo o desejo de ingressar na vida religiosa aos poucos ia amadurecendo nela. Visto que seus pais não concordavam com tal decisão, Heleninha procurou sufocar em si 
o chamado divino.

Anos depois, escreveria em seu DIÁRIO: 

“Numa ocasião, eu estava com uma de minhas irmãs num baile. Enquanto todos se divertiam a valer, a minha alma sentia tormentos interiores. No momento em que comecei a dançar, de repente vi Jesus a meu lado, Jesus sofredor, despojado de Suas vestes, todo coberto de chagas e que me disse estas palavras: Até quando hei de ter paciência contigo e até quando tu me decepcionarás? 


Nesse momento parou a música animada, não vi mais as pessoas que comigo estavam, somente Jesus e eu ali permanecíamos. Sentei-me ao lado de minha irmã, disfarçando com uma dor de cabeça o que se passava comigo. Em seguida, afastei-me discretamente dos que me acompanhavam e fui à catedral de S. Estanislau Kostka. 


Já começava a anoitecer e havia poucas pessoas na catedral. Sem prestar atenção a nada do que ocorria à minha volta, caí de bruços diante do Santíssimo Sacramento e pedi ao Senhor que me desse a conhecer o que devia fazer a seguir. 


Então, ouvi estas palavras: Vai imediatamente a Varsóvia (Polônia) e lá entrarás no convento. Terminada a oração, levantei-me, fui para casa e arrumei as coisas indispensáveis. Da maneira como pude, relatei a minha irmã o que havia acontecido na minha alma. Pedi que se despedisse por mim de meus pais e assim, só com a roupa do corpo, sem mais nada, vim para Varsóvia” (Diário, 9).

Em Varsóvia (Polônia), procurou um lugar para si em diversas comunidades religiosas, mas em todas foi recusada. Foi somente no dia 1 de agosto de 1925 que se apresentou à Congregação das Irmãs da Divina Misericórdia, na Rua Zytnia, e ali foi aceita. 

Antes disso, para atender às condições, teve que trabalhar como empregada doméstica numa família numerosa na região de Varsóvia, para dessa forma conseguir o enxoval pessoal.

Ela descreveu em seu DIÁRIO os sentimentos que a acompanhavam após ter ingressado 
na vida religiosa: 

“Sentia-me imensamente feliz, parecia que havia entrado na vida do paraíso. 


O meu coração só era capaz de uma contínua oração de ação de graças” (Diário, 17).


Na congregação recebeu o nome de Irmã Maria Faustina. Realizou o noviciado em Cracóvia e foi ali que, na presença do bispo Estanislau Rospond, professou tanto os primeiros votos religiosos como, passados cinco anos, os votos perpétuos de castidade, pobreza e obediência. 

Trabalhou em diversas casas da Congregação, porém permaneceu mais tempo em Cracóvia (Polônia), Vilna (Lituânia) e Plock (Polônia), exercendo as funções de cozinheira, jardineira 
e porteira. Exteriormente nada deixava transparecer a sua profunda vida mística. 


Ela cumpria assiduamente as suas funções, guardando com zelo a regra religiosa. 

Era recolhida e silenciosa, embora ao mesmo tempo fosse desembaraçada, serena, cheia de amor benevolente e desinteressado para com o próximo.

O severo estilo de vida e os extenuantes jejuns que ela se impunha antes ainda de ingressar na Congregação enfraqueceram tão severamente seu organismo que já no postulado teve de ser encaminhada para tratamento de saúde. Após o primeiro ano do noviciado vieram as experiências místicas extremamente dolorosas – da chamada noite escura, e depois os sofrimentos espirituais e morais relacionados com o cumprimento da missão que havia recebido de Jesus Cristo.

Irmã Faustina ofereceu a sua vida a Deus em sacrifício pelos pecadores, a fim de salvar as suas almas, e por essa razão foi submetida a numerosos sofrimentos. Nos últimos anos de vida intensificaram-se as enfermidades do organismo: 
desenvolveu-se a tuberculose, que atacou os pulmões e o trato alimentar. Por essa razão, por duas vezes, durante alguns meses, permaneceu em tratamento no hospital.

Completamente esgotada fisicamente, mas em plena maturidade espiritual e misticamente unida a Deus, faleceu no dia 5 de outubro de 1938 com fama de santidade, tendo apenas 33 anos de idade, dos quais 13 anos de vida religiosa (Notas do Diário de santa Irmã Faustina).

VATICANO, Praça de S. Pedro, 30 de abril de 2000. 
O Papa João Paulo II proclama a Irmã Faustina Kowalski santa.


Convento da Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia em Plock (Polônia), 
onde Jesus Cristo apareceu a Irmã Faustina e lhe recomendou que pintasse uma imagem, 
apresentando-lhe o modelo na visão.


Casa da Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia, onde nos anos 1933-1936 residiu Irmã Faustina e onde Jesus Cristo lhe ditou o terço da Misericórdia Divina. Vilna (Lituânia), Rua Grybo, 29


Convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora Mãe da Misericórdia 
em Cracóvia – Lagiewniki, Rua S. Faustina 3, na Polônia – lugar de descanso dos restos mortais de Irmã Faustina.
Trecho do manuscrito do Diário de santa Irmã Faustina.


No dia 10 de dezembro de 2005, por um decreto da Santa Sé, a santa Irmã Faustina foi proclamada padroeira da cidade de Lodz (Polônia).


Monumento à S. Irmã Faustina na Praça da Independência, em Lodz.





Parque Veneza, em Lodz – o lugar do baile. 
Catedral de S. Estanislau Kostka em Lodz, Polônia.

Interior da catedral. Neste lugar Jesus Cristo chamou Irmã Faustina à vida religiosa.

Casa generalícia da Congregação de Nossa Senhora Mãe da Misericórdia em Varsóvia, Polônia, Rua Zytnia 3/9, na qual ingressou Irmã Faustina.



A IMAGEM DE JESUS MISERICORDIOSO
(O DIÁRIO de santa Irmã Faustina) Plock, Polônia “1931, dia 22 de fevereiro.

À noite, quando me encontrava na minha cela, vi Nosso Senhor vestido de branco. 

Uma das mãos erguida para a bênção, e a outra tocava-Lhe a túnica, sobre o peito. 

Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e o outro pálido. 

Em silêncio, eu contemplava o Senhor; a minha alma estava cheia de temor, mas também de grande alegria. Logo depois, Jesus me disse: 


Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inserição: Jesus, eu confio em Vós. 

(...) Prometo que a alma que venerar esta Imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na Terra, a vitória sobre os inimigos e, especialmente, na hora da morte. 

(...) Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja benta solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia. 


Desejo que os sacerdotes anunciem essa Minha grande misericórdia para com as almas pecadoras. Que o pecador não tenha medo de se aproximar de Mim.

(...) Uma vez, cansada dessas diversas dificuldades que tinha por causa de Jesus falar-me e exigir a pintura da Imagem, decidi firmemente, antes dos votos perpétous, pedir a Frei Andrasz que me dispensasse daquelas inspirações interiores e da obrigação de pintar a Imagem. Depois de me ouvir em confissão, Frei Andrasz deu-me esta resposta: 


Não dispenso a Irmã de nada e a Irmã não pode esquivar-se dessas inspirações interiores, mas a Irmã deve, necessariamente, relatar tudo ao confessor, sem falta, porque de outra forma a Irmã incorrerá em erro apesar dessas grandes graças de Deus. 
Neste Momento, a Irmã está se confessando comigo, mas saiba que devia ter um confessor permanente, isto é, um diretor espiritual. Fiquei imensamente preocupada com tudo isso. Pensei que me livraria de tudo e aconteceu o contrário: uma ordem explícita para atender às exigências de Jesus. E agora um novo tormento, de não ter 
um confessor permanente. 

(...) Contudo, a bondade de Jesus é infinita e Ele prometeu-me ajuda visível na Terra 
e recebi-a em breve em Vilna (Vilnius, Lituânia). Reconheci no padre Sopocko essa ajuda de Deus. Antes de chegar a Vilna, conheci-o por uma visão interior. Certo dia, vi-o na nossa capela entre o altar e o confessionário. Então ouvi uma voz na alma: 
Eis a tua ajuda visível na Terra. Ele te ajudará a cumprir a Minha vontade na Terra” (Diário, 47-53).

Para Irmã Faustina, a tarefa imposta por Jesus Cristo era simplesmente irrealizável, visto que ela não possuía as aptidões plásticas necessárias para isso. Apesar disso, ela procurava ser obediente à vontade de Jesus e tentava pintar o quadro por conta própria, mas sem resultado. 

A insistência de Jesus Cristo para que ela realizasse essa tarefa, por um lado, e, por outro lado, a descrença dos confessores e dos superiores tornou-se para Irmã Faustina um grande sofrimento pessoal. Durante a sua estada em Plock (cerca de 3 anos), e depois em Varsóvia, ela continuou preocupada com a exigência não realizada de Jesus, tanto mais que lhe fez sentir como nos planos divinos era importante a tarefa que lhe estava confiando:

”De repente vi o Senhor, que me disse: Fica sabendo que, se negligenciares a tarefa da pintura dessa imagem e de toda a obra da misericórdia, serás responsável por um grande número de almas no dia do julgamento” (Diário, 154).Após professar os votos perpétuos, no dia 25 de maio de 1933 a Irmã Faustina foi transferida à casa religiosa em Vilna, onde encontrou a ajuda que anteriormente lhe havia sido prometida – o confessor e diretor espiritual pe. Sopocko, que empreendeu a tentativa de concretizar as exigências de Jesus Cristo.

”Levado mais pela curiosidade de ver que imagem seria essa do que pela crença na veracidade dessas visões, pedi ao pintor Eugênio Kazimirowski que pintasse esse quadro” 
(O pe. Sopocko, Memórias).

A imagem de Jesus Misericordioso surgiu numa atmosfera de presença divina – das vivências místicas da irmã Faustina. Esse apreciado e bem preparado pintor, ao pintar 
a imagem de Jesus Misericordioso renunciou à sua própria concepção artística para honestamente recriar na tela o que lhe relatava a irmã Faustina. Durante seis meses ela vinha ao ateliê do artista pelo menos uma vez por semana, a fim de lhe apontar complementações e as necessárias correções. 


Ela se esforçou por fazer com que a imagem de Jesus Misericordioso fosse exatamente igual à que lhe havia sido apresentada na visão.
Da pintura da imagem participou ativamente o fundador da obra, o pe. Sopocko, que a pedido 
do pintor posou vestido de alba. O período da pintura comum serviu de ocasião para uma interpretação mais profunda do conteúdo da imagem. As questões controvertidas eram decididas pelo próprio Jesus Cristo (D. 299; 326; 327; 344). Foi muito eloquente um diálogo de Irmã Faustina com Jesus Cristo a respeito do quadro pintado:

”...quando fui à casa daquele pintor que estava pintando a Imagem e vi que ela não era tão bela como é Jesus, figuei muito triste com isso, mas escondi essa mágoa no fundo do meu coração. (…) a Madre Superiora ficou na citade para resolver diversos assuntos e eu voltei para casa sozinha. Imediatamente dirigi-me à capela e chorei muito. Eu disse ao Senhor: Quem vos pintará tão belo como sois? Então ouvi estas palavras: O valor da imagem não está na beleza da tinta nem na habilidade do pintor, mas na Minha graça” (Diário, 313).

Desse diálogo emana a sinceridade de uma pessoa agraciada com graça sobrenatural, que 
em suas vivências místicas via a beleza do Salvador ressuscitado. 



Por diversas vezes Jesus Cristo apareceu apareceu a irmã Faustina da forma como se encontra na imagem (D. 473; 500; 851; 1046; 1565) e também exigiu várias vezes que essa imagem fosse acessível ao culto público. Isso confirma que Jesus Cristo aceitou a imagem pintada no quadro - santificando-a com a Sua presença viva.



Graças aos empenhos dope. Sopocko, a imagem do Salvador Misericordioso foi exposta na janela da galeria junto à capela de Nossa Senhora da Misericórdia em Ostra Brama, em Vilnius, e nos dias 26-28 de abril de 1935 pela primeira vez foi alvo de veneração pública, durante o solene encerramento do Jubileu dos 1900 anos da Redenção do Mundo. 

No último dia da solenidade, que era o primeiro domingo após a Páscoa, participou da celebração a irmã Faustina, e o sermão sobre a divina misericórdia foi pronunciado pelo pe. Sopocko, da forma como havia exigido Jesus Cristo.

”Por admirável desígnio tudo aconteceu como o Senhor havia exigido: a primeira honra que a Imagem recebeu das multidões - foi no primeiro Domingo depois da Páscoa. Durante três dias, ela ficou exposta publicamente e recebeu a honra dos fiéis, pois estava exposta em Ostra Brama (Ausros Vartai), na parte alta da janela e, por isso, podia ser vista de muito longe. 

Em Ostra Brama era comemorado solenemente, por esses três dias, o encerramento do Jubileu da Redenção do Mundo - os 1900 anos da Paixão do Salvador. ”Agora vejo que a obra da Redenção está ligada com a obra da misericórdia que o Senhor está exigindo” 

(Diário, 89).

”Quando a Imagem foi exposta, vi o braço de Jesus fazer um movimento e traçar um grande sinal da cruz. Nesse mesmo dia, (...) vi como essa Imagem pairava sobre uma cidade, e essa cidade estava coberta de fios e de redes. À medida que Jesus ia passando, cortava todas essas redes e, no fim, traçou um grande sinal da cruz e desapareceu...” (Diário, 416).

”Quando estava em Ostra Brama, durante as solenidades em que a Imagem foi exposta, assisti ao sermão, que foi pronunciado por meu confessor (M. Sopocko); o sermão tratava da misericórdia de Deus; era a primeira coisa que Jesus havia tanto tempo tinha exigido. 

Quando começou a falar sobre a grande misericórdia do Senhor,a Imagem tornou-se viva e os raios penetravam no coração das pessoas ali reunidas,embora não na mesma medida; uns recebiam mais, outros menos. Uma grande alegria inundou minha alma ao ver a graça de Deus” (Diário, 417).


”Quando estava se encerrando a celebração e o sacerdote segurou o Santíssimo Sacramento para dar a bênção, então vi Jesus tal como está pintado na Imagem. 

O Senhor deu a Sua bênção e os dois raios espalharam-se pelo mundo inteiro. 

Então, vi uma claridade impenetrável, sob a forma de uma casa de cristal, tecida de ondas de claridade inacessível a nenhuma criatura, nem espírito. 

A essa claridade conduziam três portas - e nesse momento Jesus, como aparece na Imagem, entrou nessa claridade pela segunda porta - no interior da Unidade” (Diário, 420).


Aspecto atual da capela em Ostra Brama (Ausros Vartai) 
DO SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DA MISERICÓRDIA - Vilna (Vilnius, Lituânia) 

Imagem a óleo sobre tábuas. 

Imagem com o vestido de prata

Capela de Nossa Senhora da Misericórdia
O PAPA JOÃO PAULO II
A Imagem no Santuário da Divina Misericórdia em Vilna
”Ofereço aos homens um vaso, com o qual devem vir buscar graças na fonte da misericórdia. 

Esse vaso é a Imagem com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós” (Diário, 327).


”Os dois raios (na imagem) representam o Sangue e a Água: 
o raio pálido significa a Água que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue que é a vida das almas. 

Ambos os raios jorraram das entranhas da Minha misericórdia, quando na Cruz o Meu Coração agonizante foi aberto pela lança (...). 

Feliz aquele que viver à sua sombra, porque não será atingido pelo braço da justiça de Deus” (Diário, 299).



”Hoje vi duas colunas muito grandes fincadas no chão: uma delas coloquei-a eu e a segunda, outra pessoa, S.M. (M. Sopocko). 

(...) Essas duas colunas encontravam-se perto uma da outra na largura da Imagem, e vi essa Imagem pendurada nelas muito alto. Num instante, sobre estas duas colunas surgiu um grande santuário, interior e exteriormente. 


Vi a mão que terminava a construção desse santuário, mas não vi a pessoa. Havia uma grande multidão de pessoas fora e dentro do santuário, e as torrentes que saíam do compassivo Coração de Jesus desciam sobre todos” (Diário, 1689).

”DESEJO QUE O MUNDO TODO CONHEÇA A MINHA MISERICÓRDIA” (Diário, 687).