quinta-feira, 29 de agosto de 2013

DA VERDADEIRA AMIZADE - LIVRO IMITAÇÃO DE MARIA CAPÍTULO XXVII



LIVRO IMITAÇÃO DE MARIA
CAPÍTULO XXVII
DA VERDADEIRA AMIZADE

O SERVO – “Um amigo fiel é um rico tesouro”, diz a Escritura; a “descoberta dele é prometida aos que temem a Deus”.
         O Céu fez que encontrásseis, ó Maria, este precioso tesouro em Isabel, a quem também fostes dada por Deus como um tesouro!
         Ambas nos ofereceis o modelo da mais perfeita amizade, santa e depurada de tudo o que de hábito corrompe as amizades humanas. Uma feliz conformidade de sentimentos, porém, e de sentimentos religiosos, entre ambas predominava.
         A graça e a virtude, eis o que estimastes em Isabel e o que, reciprocamente, ela em vós mesma estimava.
         Frequentes eram vossas palestras, mútuas confidências entretínheis, conselhos permutáveis, alternáveis serviços, mas todos os sinais de amizade que vos  testemunháveis um só interesse visavam: o interesse da glória divina. Isabel percebeu que no seu coração, desde aquele momento em que se ligara ao de Maria, sentimentos ainda mais vivos para Deus.
         Enquanto a vós, Virgem Santa, tantos progressos na santidade íeis fazendo na casa de vossa prima, como se houvésseis permanecido no vosso retiro de Nazaré. A separação não fez cessar o amor: a virtude que une dois corações não pode estar sujeita à inconstância.
MARIA– Não te vanglories, filho meu, por gozares as inocentes doçuras da amizade, a menos que o procures em uma amizade virtuosa. Todos os dias enganam-se as criaturas na escolha de amigos. As almas cristãs só deveriam confiar naqueles de reconhecida fidelidade, com a religião dos quais pudessem contar.
         Acharás muitos desses amigos comuns, que te darão sinais exteriores de ligação afetiva, porém nada mais esperes do que isso. Só amigos serão enquanto puderem tirar vantagem de tua prosperidade. Se te achares na adversidade, deixá-lo-ão de ser.
         Eles procurarão corrigir-te dos vícios, cuja desonra sobre si mesmos poderia recair: quanto aos vícios que o cristianismo combate porém, o mundo os favorece, e serão estes os primeiros para os quais aqueles falsos amigos te conduzirão. Aprende o que é verdadeiro amigo: auxílio nas necessidades, consolo nas aflições, conselho nas dúvidas, orientação nos negócios, sinceridade e caráter. Ele anima, sobretudo por suas palavras e seus exemplos a praticares os teus deveres.
         Raro é, porém achar alguém tal amigo, assim como raro é na escolha de um amigo seja a virtude consultada.
         Ama a virtude, e ela far-te-á achar um amigo que seja digno de ti, um como desdobramento de ti mesmo. Muitas são as amizades que a princípio parecem vivas e sinceras, e logo acabam, porque a ligação que se fizera foi de vícios, não de virtudes. Faze, tanto quanto puderes, de tua amizade um motivo de edificação, pelo qual darás aos teus amigos o bom exemplo e deles receberás um troco equivalente.

         Tem para com eles toda a complacência que te possa permitir a consciência, mas não ultrapasses os limites desta. Nada exijas fora do justo e do razoável, e sobretudo não os lisonjeies para que também por eles não sejas tu lisonjeado, o que pode causar grande mal a uma alma cristã.


    



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